quinta-feira, maio 24, 2007
O bufo e a chefia
O triste espectáculo do episódio do professor que mandou uma boca na DREN atingiu as raias da comédia burlesca.
Independentemente do que o professor disse, há aqui dois aspectos que me parecem ainda mais importantes:
O primeiro é o regresso da figura do “bufo” na administração pública em Portugal. Estávamos a precisar dessa gente empreendedora e útil, que tanto contribui para a qualidade dos serviços e o sucesso dos alunos.
O segundo aspecto é o facto da denúncia colher eco na chefia. Também registamos com agrado o regresso das chefias que têm os seus informadores e que actualizam as fichas dos seus subordinados com informações úteis como: as horas a que contam anedotas, os nomes que chamam aos Ministros, as vezes que vão à casa de banho, enfim, critérios de qualidade e rentabilidade. Gente que não hesita em levantar processos disciplinares, ameaçar, disseminar o medo, a pulhísse, a denúncia, o mau ambiente. Tudo aspectos fundamentais para gerir os serviços num Ministério que se diz da Educação.
Exemplos de carácter, de democracia e de tolerância como estes, devem agora ser disseminados por toda a Educação, a começar pelas salas de aula, pois são valores fundamentais para construirmos uma sociedade futura democrática e solidária.
No final, a grande questão que me assola é: onde é que o PS tinha tanta gente prepotente e de má qualidade, para conseguir minar toda a máquina do Ministério da Educação?
Independentemente do que o professor disse, há aqui dois aspectos que me parecem ainda mais importantes:
O primeiro é o regresso da figura do “bufo” na administração pública em Portugal. Estávamos a precisar dessa gente empreendedora e útil, que tanto contribui para a qualidade dos serviços e o sucesso dos alunos.
O segundo aspecto é o facto da denúncia colher eco na chefia. Também registamos com agrado o regresso das chefias que têm os seus informadores e que actualizam as fichas dos seus subordinados com informações úteis como: as horas a que contam anedotas, os nomes que chamam aos Ministros, as vezes que vão à casa de banho, enfim, critérios de qualidade e rentabilidade. Gente que não hesita em levantar processos disciplinares, ameaçar, disseminar o medo, a pulhísse, a denúncia, o mau ambiente. Tudo aspectos fundamentais para gerir os serviços num Ministério que se diz da Educação.
Exemplos de carácter, de democracia e de tolerância como estes, devem agora ser disseminados por toda a Educação, a começar pelas salas de aula, pois são valores fundamentais para construirmos uma sociedade futura democrática e solidária.
No final, a grande questão que me assola é: onde é que o PS tinha tanta gente prepotente e de má qualidade, para conseguir minar toda a máquina do Ministério da Educação?
quinta-feira, maio 03, 2007
Andar na escola? Isso é para totós!!
Para quê estudar? Nada como o novo sistema neo-liberal do desenrasca, tipo “Equivalências à Mestre Sócrates”.
A coisa é simples:
1º- Desiste-se da escola e vai-se trabalhar.
2º Passados uns anos pede-se equivalências nos Centros de Certificação e com umas acções de formação e umas declarações mágicas fica-se com o 12º ano.
3º- Basta depois inscrever num curso superior do tipo (+ 23 anos) e seguir a carreira académica numa universidade.
4º- Com Bolonha, com a situação das privadas e com o grau de exigência que se conhece nos trabalhos de certas pessoas (de preferência mandar os trabalhos com um cartãozinho anexo), em 3 anos temos um doutor que raramente passou pelos bancos da escola.
O melhor é passar logo do ponto 2 para o 4 e esquecer o 12º ano, porque o tempo em que para estudar mais tarde tinha que se fazer o percurso igual aos outros acabou. Isso de igualdade agora é para os copinhos de leite.
Agora digam-me lá para que é que esta gente se anda a chatear e anda a chatear os professores no ensino básico e secundário. Vão mas é para casa ou trabalhar em vez de andarem a matar a cabeça com currículo enormes, professores cansados e escolas degradadas. Poupa-se na educação, aumentam as estatísticas e ficamos todos doutores. Educação de qualidade??? O que é isso oh totó??
A coisa é simples:
1º- Desiste-se da escola e vai-se trabalhar.
2º Passados uns anos pede-se equivalências nos Centros de Certificação e com umas acções de formação e umas declarações mágicas fica-se com o 12º ano.
3º- Basta depois inscrever num curso superior do tipo (+ 23 anos) e seguir a carreira académica numa universidade.
4º- Com Bolonha, com a situação das privadas e com o grau de exigência que se conhece nos trabalhos de certas pessoas (de preferência mandar os trabalhos com um cartãozinho anexo), em 3 anos temos um doutor que raramente passou pelos bancos da escola.
O melhor é passar logo do ponto 2 para o 4 e esquecer o 12º ano, porque o tempo em que para estudar mais tarde tinha que se fazer o percurso igual aos outros acabou. Isso de igualdade agora é para os copinhos de leite.
Agora digam-me lá para que é que esta gente se anda a chatear e anda a chatear os professores no ensino básico e secundário. Vão mas é para casa ou trabalhar em vez de andarem a matar a cabeça com currículo enormes, professores cansados e escolas degradadas. Poupa-se na educação, aumentam as estatísticas e ficamos todos doutores. Educação de qualidade??? O que é isso oh totó??