sexta-feira, abril 20, 2007
Doutores e engenheiros
Hoje apetece-me falar acerca do episódio das habilitações do Engenheiro? Licenciado? Técnico?, Bacharel? de Engenharia Civil, José Sócrates, o tal senhor que gosta que lhe chamem engenheiro sem o ser e acha isso normal.
Penso que em termos de “saloisse”, “vaidosisse” e “xico-espertismo” está tudo dito, quanto mais não fosse pelo recente desaparecimento dos documentos originais na Assembleia da República.
Também em termos de “cambalacho” “amiguismo”, “influências”, “assinaturas” e docentes que dão 4 cadeiras no superior, está tudo visto e o que não está visto lê-se nos espaços em branco.
O que eu gostava agora de falar era na qualidade da nossa democracia. Nomeadamente no facto deste caso estar a ser alvo de investigação pela imprensa e público em geral. Isto demonstra que há um funcionamento democrático em Portugal em relação à política que é uma conquista importante deste nosso país.
No entanto, o que me leva a reflectir é a falta desse mesmo escrutínio democrático noutros sectores da sociedade.
Alguém se interessa por saber se Belmiro de Azevedo é engenheiro? Alguém investiga as habilitações, as declarações de impostos, as relações laborais, a gestão empresarial dos empresários portugueses? E dos futebolistas e gente do desporto? e dos militares?, só para dar três exemplos. Parece que o 25 de Abril afinal foi só para alguns.
Temos um cerco cerrado à classe política e outras áreas profissionais em termos de opinião, informação noticiosa, investigação e interesse público, com notícias sempre críticas e acutilantes; mas depois em termos da economia são as bolsas, as entrevistas de vénia, os comentadores politicamente correctos, ou seja, uma subserviência que até parece que a economia e as relações laborais dos grandes empresários em Portugal são casos exemplares.
Por causa do diploma do Ministro toda a gente se exalta, mas ninguém toca nos grandes capitalistas que fogem aos impostos, escravizam os nossos jovens, enriquecem sem limites, não cumprem as suas obrigações sociais etc… Só vemos aqueles magazines económicos com gente muito bem comportada de gravatinha…. E mais corte da despesa dali e mais défice dali e mais os mercados dacolá e mais a procura interna…… enfim… parece que só há contas a prestar por alguns e que os outros, como são donos até órgãos de informação, políticos etc... são santa gente.
O poder que advém do voto é sempre questionado e responsabilizado, mas o poder que advém do dinheiro passa de fininho, mesmo que isso represente a construção de uma sociedade controlada por meia dúzia de anónimos intocáveis.
Penso que em termos de “saloisse”, “vaidosisse” e “xico-espertismo” está tudo dito, quanto mais não fosse pelo recente desaparecimento dos documentos originais na Assembleia da República.
Também em termos de “cambalacho” “amiguismo”, “influências”, “assinaturas” e docentes que dão 4 cadeiras no superior, está tudo visto e o que não está visto lê-se nos espaços em branco.
O que eu gostava agora de falar era na qualidade da nossa democracia. Nomeadamente no facto deste caso estar a ser alvo de investigação pela imprensa e público em geral. Isto demonstra que há um funcionamento democrático em Portugal em relação à política que é uma conquista importante deste nosso país.
No entanto, o que me leva a reflectir é a falta desse mesmo escrutínio democrático noutros sectores da sociedade.
Alguém se interessa por saber se Belmiro de Azevedo é engenheiro? Alguém investiga as habilitações, as declarações de impostos, as relações laborais, a gestão empresarial dos empresários portugueses? E dos futebolistas e gente do desporto? e dos militares?, só para dar três exemplos. Parece que o 25 de Abril afinal foi só para alguns.
Temos um cerco cerrado à classe política e outras áreas profissionais em termos de opinião, informação noticiosa, investigação e interesse público, com notícias sempre críticas e acutilantes; mas depois em termos da economia são as bolsas, as entrevistas de vénia, os comentadores politicamente correctos, ou seja, uma subserviência que até parece que a economia e as relações laborais dos grandes empresários em Portugal são casos exemplares.
Por causa do diploma do Ministro toda a gente se exalta, mas ninguém toca nos grandes capitalistas que fogem aos impostos, escravizam os nossos jovens, enriquecem sem limites, não cumprem as suas obrigações sociais etc… Só vemos aqueles magazines económicos com gente muito bem comportada de gravatinha…. E mais corte da despesa dali e mais défice dali e mais os mercados dacolá e mais a procura interna…… enfim… parece que só há contas a prestar por alguns e que os outros, como são donos até órgãos de informação, políticos etc... são santa gente.
O poder que advém do voto é sempre questionado e responsabilizado, mas o poder que advém do dinheiro passa de fininho, mesmo que isso represente a construção de uma sociedade controlada por meia dúzia de anónimos intocáveis.